“Falar que a tecnologia é um ponto de conexão entre a música que é produzida hoje e o pioneirismo erudito há algum tempo é o mesmo que considerar que a produção de cocaína no morro, o ato de se tirar dinheiro do banco, e a chegada do homem à lua estão conectados pela energia elétrica.”
O próprio Fernando Iazzeta considera a comparação exagerada, mas o extremo exemplifica bem a diferença do que é a produção da música eletrônica para, digamos, a massa e o que se produz dentro do meio acadêmico e a intenção musical há anos.
Mas foi do início do século XX, quando os compositores estavam em busca de novas expressões que substituíssem o tonalismo – os sete tradicionais tons da escala musical, sem um em principal- que a música chegou aos moldes de hoje. E a chamada “Segunda Escola de Viena, inaugurada pelo austríaco Arnold Schoenberg (1874-1951) trouxe a base do sistema atonal: o dodecafonismo, em que a série de 12 notas, à maneira de uma célula, se reproduz e organiza assim toda a obra musical.
